quarta-feira, maio 30, 2007

terça-feira, maio 29, 2007

Amanhã

"O que o mundo for amanhã, é o esforço de todos nós que o determinará. Há que resolver os problemas que estão postos à nossa geração e essa resolução não a poderemos fazer sem que, por um prévio esforço do pensamento, procuremos saber, por uma análise fria e raciocinada, quais são esses problemas, quais as soluções que importa dar-lhes - saber donde vimos, onde estamos, para onde vamos.
E pensemos, agora que ainda o podemos fazer. Amanhã pode ser tarde, porque a tempestade que tem vindo a acumular-se sobre as nossas cabeças pode desencadear-se e arrastar-nos nos seus turbilhões brutais. A violência da borrasca não nos permitirá que façamos mais do que gestos elementares e instintivos que só não nos trairão se forem, a todo o momento, orientados e dominados por uma personalidade de uma só peça, aquela personalidade que agora temos de forjar - enquanto é tempo".
Bento de Jesus Caraça, In A Cultura Integral do Indivíduo.

segunda-feira, maio 28, 2007

Pela Greve Geral

Está em curso uma verdadeira contra-revolução neoliberal
conduzida indecentemente pelas mãos dos falsamente denominados "socialistas" do PS no governo.
Hoje, na reunião sindical promovida pelo SPN na minha escola pude constatar como a ofensiva em relação aos trabalhadores da função pública, professores incluídos, é duma enormidade nunca vista. A tentativa de precarização, expressa nos diplomas legais previstos e outros já existentes (sobre perda de vínculos, sobre "avaliação", sobre aposentações, a destruição de direitos,
a destruição de serviços públicos e mesmo do seu conceito), é tão grande, que só aqueles trabalhadores que ignoram estes dados ou sobre os quais pesam ameaças muito concretas e graves se pode compreender a sua não participação.
O êxito da Greve Geral é muito importante para nós. Cada professor que não faça greve é, dum modo muito concreto ainda que possivelmente não intencional, cúmplice deste governo e deste ministério da Educação com tudo o que foi feito e está para se fazer. Pelo contrário, o sucesso desta greve poderá fazer toda a diferença, mostrando ao governo a força de quem trabalha e a nossa disposição em deixarmos prosseguir estas políticas anti-sociais.
Pela Greve Geral façamos chegar esta mensagem a todos os colegas das nossas escolas.

quinta-feira, maio 24, 2007

Até quando?

O ministro das Finanças diz hoje no DN que vai continuar o congelamento das progressões nas carreiras da Função Pública para além deste ano que corre. Em 2008 para todos e, em 2009, só os 5% de excelentes verão o descongelamento. Os outros, a grande maioria, só verá o descongelamento surgir nos anos seguintes sendo que a maioria só terá descongelada a carreira em 2011. Esta notícia, que pode ler aqui, dá-me vontade de rir...
O ainda director do fisco, Paulo Macedo, vai mais longe do que o ministério das finanças na exigencia de identificação dos grevistas dentro dos 10000 funcionários sob a sua responsabilidade. Pode ler nesta notícia.
Estes tipos estão efectivamente a contar que os funcionários públicos são uma cambada de murcões acobardados. Somos cerca de 700000: como poderiam brincar connosco desta maneira se nos mobilizassemos?
Se a greve geral não obtiver adesão massiva na fp, durante os próximos tempos tenho de concordar com eles.

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quarta-feira, maio 23, 2007

Uma Hora da Verdade

"A Greve Geral vai ser a Hora da Verdade. Vamos ver quantos afinal falam contra o governo e o ministério da Educação à boca pequena, nas salas de professores, mas apoiarão, de facto, Sócrates e Maria de Lurdes, não fazendo greve no próximo dia 31 de Maio de 2007"
(Adaptação de uma frase que vi no blog O Cartel)

terça-feira, maio 22, 2007

ALBERTO VILAÇA

Morreu Alberto Vilaça. Um advogado e intelectual antifascista que eu só conhecia dos livros e que muito respeito. Fica a força do exemplo e a força das ideias dos seus livros.
Eis aqui dois livros dele.
Um sobre esse português de excepção que foi Bento de Jesus Caraça.
Outro sobre um café de Coimbra, o seu último livro publicado recentemente, num registo muito bem disposto.
Até sempre, Alberto Vilaça.








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sábado, maio 19, 2007

Ser ou não ser

Noutros tempos era preciso ter coragem física para resistir em Portugal. Daí eu tanto admirar os resistentes antifascistas que durante tantas décadas resistiram à ditadura com risco da sua vida, da sua integridade e da sua subsistência.
Actualmente a situação é substancialmente diferente. Há que dizê-lo. Há muitos que correm riscos grandes: os trabalhadores que têm uma família a seu cargo, que trabalham no sector privado, por exemplo, ao fazerem greve geral, correm alguns riscos que, em alguns casos podem fazer perigar a sua subsistência e dos seus. Já no caso do sector público essa situação não se coloca. Por enquanto.
Portugal precisa como pão para a boca, mulheres e homens de carácter, que não se deixem vergar pela ignomínia de governos a reboque dos interesses pessoais dos seus membros e do grande capital. Digo eu, que não me acho particularmente corajoso por nunca ter sido devidamente posto à prova como foram tantos homens e mulheres antes de mim e à memória dos quais presto sentida homenagem.

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quinta-feira, maio 17, 2007

Aleixo

O mundo só pode ser
melhor do que até aqui,
- quando consigas fazer
mais p'los outros que por ti!

António Aleixo

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quarta-feira, maio 16, 2007

Desabafo II

Na verdade, o inimigo também está dentro de nós, professores. As políticas da ministra são sufragadas por alguns professores. Tirando alguns acólitos do PS, os membros dos conselhos executivos e os acumuladores de cargos dos ultimos tempos que têm razões para pensarem que estarão bem posicionados nos próximos tempos, há grupos de, digamos, "professores", que têm razões para abanar positivamente a cabeça aos argumentos da ministra. Vejamos dois:
-os malandros que faziam pouco e faltavam indevidamente (que os há em todas as profissões) só podem concordar com a ministra quando ela diz que os professores trabalham pouco e faltam muito. Aqueles que deram sempre o litro sentem-se ofendidos. Que aguentem...;
-os funcionários rotineiros que "dão" aulas sempre da mesma maneira, que não as preparam, que não avaliam o seu ensino, que não se cultivam, que não vivem a sua profissão, esses, ganham mais do que o que merecem. Deviam ter os ordenados congelados e até reduzidos. Os que sabem o trabalhoso e inacabado que é ser professor, esta profissão impossível, sentem-se insultados pelas medidas da senhora. Que aguentem...
Estes tipos acima mencionados fazerem greve? Porquê? Que razões lhes assistem? Não são trabalhadores, são malandros.
Eu hoje estou com a bilis revolta.

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Desabafo

Cada vez me sinto mais próximo dos trabalhadores mais humildes do meu país, dos que levam para casa todos os meses 400 a 500 euros trabalhando um número descomunal de horas.
Cada vez me sinto mais afastado de tantos "colegas" professores que não têm a mínima consciência de classe. Pensam que não são trabalhadores, os coitados. Se calhar têm razão, alguns deles... Com esses "colegas", eu, se fosse ministro da Educação, calcava-os bem mais. Eles parecem gostar.
Pena é que outros professores que fazem todas as greves e vão fazer mais esta greve geral apanhem por tabela, em parte por causa destes "colegas". Dos que se queixam da "ministra", das "aulas de substituição", do "nível dos alunos", dos "sindicatos". Da próxima vez que os ouvir queixar à minha beira, vou mandá-los, em pensamento, queixarem-se para o raio que os parta...

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segunda-feira, maio 14, 2007

Ardinas da Mentira


"É possível enganar algumas pessoas durante todo o tempo e todas as pessoas durante algum tempo, mas é impossível enganar todas as pessoas durante todo o tempo."


Abraham Lincoln
Citado no livro
Ardinas da Mentira
de Renato Teixeira
Edições Dinossauro

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domingo, maio 13, 2007

MAUS EXEMPLOS

A comunicação social contribui cada vez mais pela omissão de acontecimentos importantes (e ampliação de acontecimentos menos relevantes) no silenciamento de muito do que significativamente se passa nas nossas sociedades.
Por exemplo: desde o ano passado que na Grécia tem havido um amplo movimento contra a criação de universidades privadas. Informe-se que nesse país, as universidades são todas públicas e de frequência gratuita, assim como os escalões anteriores do sistema de ensino. Tem havido greves com durações prolongadas de semanas em muitas escolas de todos os niveis de ensino e cerca de 300 universidades estão ocupadas. Muitas manifestações com dezenas de milhares de manifestantes têm ocorrido em frente ao parlamento grego onde a polícia tem usado abundantemente gâs lacrimogéneo (que, ironia das ironias, está lá proibido em tempo de guerra mas se usa e abusa em tempo de paz).
Num período coincidente com as reivindicações docentes em Portugal, seria de ver nos nossos órgãos de comunicação social, bastas referências a estas ocorrências num país da comunidade europeia. Então porque nada aparece nos nossos jornais e televisões?
Penso que uma das respostas mais possíveis é esta: os estudantes e professores gregos, que têm direitos muito mais alargados ao nível da Educação do que os portugueses estão a ser capazes de lutar bem mais por eles do que nós, portugueses, que temos direitos bem menores: tal seria um "mau" exemplo num tempo em que as políticas da Educação em Portugal estão a desbastar os direitos que ainda restam.
Professores portugueses: olhem para estes exemplos. Acordem enquanto há tempo.

quinta-feira, maio 10, 2007

A falácia das novas oportunidades.

A pretensa correlação positiva entre a qualificação e o emprego que muitos políticos e economistas afirmam acriticamente é uma falácia que merece ser desmontada. Apresento para isso duas contribuições: a de um texto recente de um autor português, José Soeiro, e a de um video de um professor belga, Nico Hirtt (que na parte final desse video se debruça sobre esse assunto).
Vejamos primeiro a parte inicial do texto com título de "Novas oportunidades?"
"A recente campanha das “novas oportunidades” promovida Governo é de uma enorme ironia. Mas é mais do que isso: ela exprime uma ideologia da formação que acentua a desvalorização de certas funções e que subordina a educação ao mercado; assenta numa profecia relativamente às qualificações que é desmentida pela realidade; e constitui um verdadeiro mecanismo de dissimulação do problema mais grave com que o país se defronta, que é a ausência de emprego e a destruição do trabalho com direitos, nomeadamente para os jovens. Analisemos então com mais detalhe cada uma destas três questões."
Quanto ao video de Nico Hirtt. Veja-se aqui.

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Assim qualquer um desgovernava.

A minha mulher disse-me que viu, há pouco, no Jornal da noite da TVI, que o conselho de ministros decidiu cativar 10% do orçamento dos ministérios!!!
Chama-se a isto governar?
O Salazar também conseguiu equilibrar o orçamento e parece que até deixou fartas reservas de ouro no banco de Portugal. Ficaram célebres as "sobras de Portugal" que no tempo da 2.ª guerra mundial eram enviadas para fora enquanto a maioria dos portugueses, nos quais incluo os meus pais, passavam fome. Nesse tempo, Salazar dispunha de duas armas importantes: a repressão pela força das armas e o domínio de muitas mentes através da ignorância forçada a que o passado e ele próprio condenaram os portugueses.
Sócrates (como acho absurdo que um tipo destes tenha um nome de filósofo), parece ter aprendido a lição com o ditador fascista: tenta equilibrar as contas às custas de quem trabalha num tempo em que as mentes estão cada vez mais cativas pela desinformação dos média ditos de referência!!!
Assim qualquer um desgovernava!!!

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Os videirinhos

Os videirinhos são uma espécie animal que também pulula nas escolas: preocupadinhos acima de tudo com a sua vidinha, passam ao lado de qualquer forma de processo colectivo a menos que possam dele retirar dividendos pessoais visíveis. Nada arriscam e são lambe-botas até dizer chega. Se até agora víamos alguns nas nossas escolas, nos próximos tempos com o ECD do ME a funcionar em pleno, essa espécie animal terá tendência a proliferar. Já há mostras disso...

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terça-feira, maio 08, 2007

Esquerda e Direita

Ontem houve mais uma emissão do programa Prós e Contras que tantas vezes é Prós e Prós. Discutia-se, apregoou-se, a esquerda e a direita. Estavam lá o Adriano Moreira do CDS, o Paulo Rangel do PSD, o Mário Soares do PS e o Miguel Portas do Bloco de Esquerda. Para discutir a esquerda e a direita faltava, pelo menos e indiscutivelmente em Portugal, uma pessoa ligada ao PCP. A sua exclusão foi vergonhosa mas não imprevisível.
Há algum tempo o PSD chegou a queixar-se de ser excluído dos debates que a inefável jornalista de seu nome Fátima Campos Ferreira promove. Agora e como não podia deixar de acontecer os comunistas protestaram indignados, indo ao ponto de convocarem manifestações. Para mais, foi "engraçado" ver (e eu não consegui ver o debate morno que aconteceu, todo) o Mário Soares a criticar pelo menos duas vezes os comunistas que lá não estavam. Não o vi referir nada sobre a ausência nem a nenhum dos outros presentes.
Duas questões ouvidas na boca do Paulo Rangel recordo aqui. Disse ele: tanto a esquerda como a direita têm uma ideia do Bem Comum e a esquerda não tem nenhuma superioridade moral em relação à direita. Eu até acredito que o Paulo Rangel e outros homens de direita tenham essa noção de uma forma convicta. Só penso que realmente se há uma coisa que distinga a esquerda que é esquerda da direita que é direita é, realmente, lutar pelo Bem Comum alargado a todos e não só a alguns e que esse facto dá uma inegável superioridade a essa esquerda em relação à direita que sempre tentou conservar os interesses de bem poucos. Só que, de facto, como os representantes da esquerda que nos apresentam, designadamente aqueles que caucionam os governos ditos de esquerda, dão uma imagem tão pálida da esquerda, que fica bem esbatida a fronteira entre esquerda e direita no nosso país e no mundo. E essa imagem esbatida e distorcida interessa bastante, no fim de contas à direita. É que não basta dizer-se de esquerda, é preciso ser-se e fazer-se políticas de esquerda.

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sexta-feira, maio 04, 2007

classe média. elites.

Dado que sou daqueles que dispõe de recursos económicos e temporais que me permitem estar confortavelmente acima do limiar da mera sobrevivência considero que integro a dita classe média.
Considero mesmo que num mundo verdadeiramente humano como ainda tenho a esperança que algum dia venha a existir na nossa terra, todos os seres humanos disporão de recursos acima desse limiar, embora vivendo frugalmente como já hoje a nossa terra, ecologicamente, reclama. Um mundo onde o consumismo estará ultrapassado e as necessidades humanas, além daquelas que a biologia pede para se sustentar, serão de natureza essencialmente cultural e terão a solidariedade humana como princípio. Aí não haverá lugar, evidentemente, para a classe média, pois todos os seres humanos serão considerados de primeira categoria e a satisfação das necessidades humanas sustentáveis de todos eles será o critério supremo da economia.
Hoje, embora faça parte da dita classe média detesto os pensamentos mesquinhos e balofos e a inacção de grande parte dos que se situam na minha situação sócio-económica. É que esses pensamentos e essa inacção contribui, egoisticamente, para que o actual estado de coisas se mantenha: afinal, por enquanto a vidinha até nos é agradável e se só tivermos olhos para ela... Actualmente há, no entanto, sintomas de degradação a todos os níveis da situação de grandes franjas das tradicionais classes médias. Isso deveria levar muitas pessoas a pensar e a sair do seu egoísmo...
Por outro lado abomino as supostas elites e a submissão bovina de muitos dos medioclassistas para com essas supostas elites. Eu não sou dado a cultos de personalidade. Admiro só grandes pensadores, artistas, cientistas, intelectuais ou Homens de acção, alguns por vezes reunidos numa única personalidade. Felizmente há e houve, em Portugal alguns desses exemplos de vida: Bento de Jesús Caraça; Rui Luís Gomes; Maria Lamas. E no estrangeiro: Einstein; Chaplin; Langevin; Marie Curie. Só para citar alguns poucos nomes que muito admiro e já falecidos.
Entretanto, tantos e tantos nomes da pretensa elite, que apenas devotam desprezo ao povo a que não querem pertencer e que arrotam cultura postiça nas colunas dos jornais que lhes pagam principescamente para "deliciar" o pequeno-burguês e nada fazem na prática para melhorar a vida dos seus conterrâneos.
A essa classe média e a essa elite voto eu um profundo desprezo.

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quinta-feira, maio 03, 2007

Obscenidades

"O universo capitalista assegura que a riqueza – acumulada brutal e primitivamente – se orienta para as suites executivas e não para os cheques de pagamento aos trabalhadores ou para os programas financiados pelos impostos destinados ao bem comum. No actual reinado do capitalismo, é um crime uma pessoa pobre roubar uma fatia de pão, ou uma lata de comida para bebé, mas já não é um crime uma empresa pagar salários que perpetuem a pobreza enquanto os executivos recebem salários e benefícios na ordem dos milhões. Com as suas compensações, o beneficiário leva uma vida de opulência que faria corar os Médicis. Segundo o Boston Consulting Group, uma firma de consultoria para o sector do capitalismo actualmente conhecido por Novo Luxo (companhias como a Cartier, a Louis Vuitton, a Gucci, etc.), as vendas neste grupo aumentaram de 450 milhões de dólares em 2003 para 525 milhões em 2004, esperando-se 1 milhão de milhões para 2010.
Os salários dos capitalistas característicos actuais – os administradores, os assaltantes corporativos, os banqueiros de investimentos, os gestores de futuros – assentam numa contradição cultural entre o trabalho que executam e as receitas que auferem. Só uma auto-justificação egocentrista pode afirmar que a sua compensação é uma medida justa em relação à sua contribuição para o bem público. Não há nenhum mercado que imponha que um administrador ganhe 12 milhões de dólares por ano – nem mesmo 2 milhões – enquanto que os seus trabalhadores ganham 1/300 disso ou ainda menos. Não foi nenhuma força natural que impôs a Richard Grasso o direito a 190 milhões de dólares de indemnização quando ele se demitiu de presidente do New York Stock Exchange, ou uma gratificação justa de 400 milhões de dólares a Lee Raymond quando este se reformou de presidente da Exxon. Os salários, bónus, pacotes opcionais, e pára-quedas dourados, aprovados por lei, dos oligarcas corporativos não são impostos pelo mercado, nem sequer por filósofos moralistas, mas sim pelos seus colegas de classe igualmente ladrões.
O mesmo se pode dizer do pagamento anual embolsado pelos atletas profissionais, estrelas de cinema e outras celebridades. O valor social do seu produto é quase sempre duvidoso, mas quaisquer que sejam os seus méritos, não são as forças do mercado que estabelecem a estratosfera em que se estabelece a sua compensação. A sociedade consegue sobreviver sem Paris Hilton ou sem Tom Cruise, mas a segurança e a saúde públicas ficam em perigo ao fim de uma semana sem os homens do lixo ou sem enfermeiras.

Declarações lamentáveis.

Reparem nestas declarações da sinistra da Educação:
"Interpelada sobre o desemprego de licenciados, a ministra reduziu esses casos a "dramatismos individuais". "O desemprego de diplomados é menor e dura menos tempo".
Na esteira das declarações do Valter Lemos a respeito das agressões a professores em que ele dizia que uma média de duas agressões por dia se "diluíam" bem, aparece agora a senhora a falar, ou antes, a dizer esta barbaridade. Tal como alguém dizia que estas as agressões deviam diluir-se no lombo de alguém que diz tal barbaridade também esta senhora merecia experimentar a situação de desemprego e precariedade de longa duração como provam os milhares de professores nesta situação, fruto também de decisões da sua responsabilidade.
Até quando esta senhora poderá continuar a dizer estas barbaridades impunemente? É que ela ocupa um cargo de Estado.
Esta declaração encontra-se aqui, nesta notícia, a propósito do programa de novas oportunidades.

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terça-feira, maio 01, 2007

UTOPIA

Um dia, se os idiotas dos Bush e outros que tais não tiverem rebentado com o nossso mundo, teremos uma vida humana. Todos se preocuparão com todos. Ligaremos a net e teremos acesso a todos os tesouros culturais da Humanidade independentemente da capacidade económica de cada um. Os homens não se preocuparão com a mera sobrevivência mas fruirão a vida. O trabalho será um "prémio". O cuidado com os outros e com a natureza estará primeiro do que o cuidado com o nosso ego. A preocupação com as gerações futuras e com os velhos estará integrada na forma de vida adoptada. O desperdício e o consumismo estarão abolidos. Os sócrates estarão a tirar cursos nas universidades públicas e a escreverem quinhentas vezes: "não mentirei mais aos portugueses". O Correia de Campos terá provado na própria pele a falta de urgências hospitalares e estará num convento de monges de cister a lavar pés a peregrinos. A Maria de Lurdes será a minha empregada doméstica, a única existente num mundo que aboliu tal profissão.
!!!!!!! Alto e pára o baile! A Maria de Lurdes Rodrigues que seja empregada noutra casa qualquer. Não basta tê-la aturado como sinistra da Educação!!!

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Não há pachorra.

Vem talvez um pouco tarde mas mais vale tarde...
Então não é que o nosso presidente que nunca deve ter comemorado devidamente o 25 de Abril vem agora dar bitaites sobre a rotinização das comemorações deste. E logo no dia da Liberdade de 2007 que ganhou toda uma actualidade pelo autoritarismo manifesto da nossa governação apadrinhada por Cavaco.
Ainda bem que Cavaco não discursa neste 1.º de Maio, de tempos neoliberais com fachada socialista, senão dizia que estas comemorações datadas de mais de 100 anos estão a cair de velhas.
É caso para dizer: o senhor presidente não tem moral para nos dizer a nós, que gostamos e vibramos com estas datas, como as devemos comemorar. Fale de outras datas que lhe digam alguma coisa. É que connosco a cooperação estratégica ou lá como lhe chamou é manifestamente impossível.

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