Desabafo II
Na verdade, o inimigo também está dentro de nós, professores. As políticas da ministra são sufragadas por alguns professores. Tirando alguns acólitos do PS, os membros dos conselhos executivos e os acumuladores de cargos dos ultimos tempos que têm razões para pensarem que estarão bem posicionados nos próximos tempos, há grupos de, digamos, "professores", que têm razões para abanar positivamente a cabeça aos argumentos da ministra. Vejamos dois:
-os malandros que faziam pouco e faltavam indevidamente (que os há em todas as profissões) só podem concordar com a ministra quando ela diz que os professores trabalham pouco e faltam muito. Aqueles que deram sempre o litro sentem-se ofendidos. Que aguentem...;
-os funcionários rotineiros que "dão" aulas sempre da mesma maneira, que não as preparam, que não avaliam o seu ensino, que não se cultivam, que não vivem a sua profissão, esses, ganham mais do que o que merecem. Deviam ter os ordenados congelados e até reduzidos. Os que sabem o trabalhoso e inacabado que é ser professor, esta profissão impossível, sentem-se insultados pelas medidas da senhora. Que aguentem...
Estes tipos acima mencionados fazerem greve? Porquê? Que razões lhes assistem? Não são trabalhadores, são malandros.
Eu hoje estou com a bilis revolta.
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