sexta-feira, maio 04, 2007

classe média. elites.

Dado que sou daqueles que dispõe de recursos económicos e temporais que me permitem estar confortavelmente acima do limiar da mera sobrevivência considero que integro a dita classe média.
Considero mesmo que num mundo verdadeiramente humano como ainda tenho a esperança que algum dia venha a existir na nossa terra, todos os seres humanos disporão de recursos acima desse limiar, embora vivendo frugalmente como já hoje a nossa terra, ecologicamente, reclama. Um mundo onde o consumismo estará ultrapassado e as necessidades humanas, além daquelas que a biologia pede para se sustentar, serão de natureza essencialmente cultural e terão a solidariedade humana como princípio. Aí não haverá lugar, evidentemente, para a classe média, pois todos os seres humanos serão considerados de primeira categoria e a satisfação das necessidades humanas sustentáveis de todos eles será o critério supremo da economia.
Hoje, embora faça parte da dita classe média detesto os pensamentos mesquinhos e balofos e a inacção de grande parte dos que se situam na minha situação sócio-económica. É que esses pensamentos e essa inacção contribui, egoisticamente, para que o actual estado de coisas se mantenha: afinal, por enquanto a vidinha até nos é agradável e se só tivermos olhos para ela... Actualmente há, no entanto, sintomas de degradação a todos os níveis da situação de grandes franjas das tradicionais classes médias. Isso deveria levar muitas pessoas a pensar e a sair do seu egoísmo...
Por outro lado abomino as supostas elites e a submissão bovina de muitos dos medioclassistas para com essas supostas elites. Eu não sou dado a cultos de personalidade. Admiro só grandes pensadores, artistas, cientistas, intelectuais ou Homens de acção, alguns por vezes reunidos numa única personalidade. Felizmente há e houve, em Portugal alguns desses exemplos de vida: Bento de Jesús Caraça; Rui Luís Gomes; Maria Lamas. E no estrangeiro: Einstein; Chaplin; Langevin; Marie Curie. Só para citar alguns poucos nomes que muito admiro e já falecidos.
Entretanto, tantos e tantos nomes da pretensa elite, que apenas devotam desprezo ao povo a que não querem pertencer e que arrotam cultura postiça nas colunas dos jornais que lhes pagam principescamente para "deliciar" o pequeno-burguês e nada fazem na prática para melhorar a vida dos seus conterrâneos.
A essa classe média e a essa elite voto eu um profundo desprezo.

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3 Comentários:

Blogger Maria Lisboa disse...

Desprezo ainda, todos os que querendo "subir na vida" lhes dão voz, os apoiam, bajulam e ajudam a espezinhar os outros, contribuindo com artigos mal preparados, tendenciosos, baseados em estudos que todos sabem não ser verdadeiros. E neste desprezo, não emglobo apenas os jornalistas... nele cabem todos os (pseudo) intelectuais que usam o seu poder e os seus ódios (mesquinhos) de estimação para da mesma forma que os jornalistas ajudar a piorar a vida de quem trabalha

1:13 da manhã  
Blogger Maria Lisboa disse...

Na sequência do post anterior, tudo o que refiro, se integra, amplamente, no conceito de obscenidade

1:15 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Meu Deus, se é que tenho um ... nem sei o que dizer. Já tinha lido este post mas li agora os comentários da Maria... Houvera justiça! Porque é que não há? Porque se acobardam as pessoas (nem todas, mas tantas ...) e se permitem atrocidades?

8:13 da tarde  

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