domingo, março 30, 2008

Raio de hipocrisia esta

É a mesma estrutura de poder DREN/ME que é compreensiva com a colega do Carolina (dizendo que ela deve ficar em casa no terceiro período e precisa de carinho) que ao mesmo tempo manda para a mobilidade, descartando os cerca de 2500 professores incapazes de dar aulas por motivos de doença. Não digo que a primeira atitude está mal. A segunda é que é um comportamento digno de nazis. Estes socialistas portugueses será que estão a seguir o caminho dos nacionais alemães do descalabro dos anos 30/40? É que os alemães também eram socialistas, nacionais socialistas e tratavam os deficientes ou os doentes da forma que se conhece.
Sem querer branquear o comportamento dos alunos, de facto, como diz o colega do blog Massamansa os alunos são o elo mais fraco e são eles que estão a pagar pelos erros de todos, incluindo os deles.

quinta-feira, março 27, 2008

Procura

Se procurares muito uma coisa que exista, provavelmente, mais tarde ou mais cedo, encontrá-la-ás.
Se procurares uma coisa que ainda não existe, provavelmente, mais tarde ou mais cedo, individual ou colectivamente, terás de lutar por ela.

sexta-feira, março 21, 2008

O esgoto moral acentua-se.

Acabei de ver pela primeira vez o video em que uma aluna filmada por um colega e coadjuvada pelos risos dos colegas humilhava uma professora. Senti-me humilhado nas entranhas.A senhora ministra pelo que sei não deu ainda a cara. É normal. É uma falha de carácter estrutural. Falta-lhe o mínimo de decência e sentido de Estado. Demonstra a sua total falta de idoneidade para continuar no posto em que está.

segunda-feira, março 17, 2008

Estes socialistas estão a levar a Educação para um esgoto moral.

Desde a primeira hora que pressenti que as "reformas" deste governo relativamente aos professores tinham um duplo propósito interligado: controlar os professores e estrangular a progressão na carreira. Economicismo e controleirismo. O controlo foi e está a ser feito lançando medidas variadas de divisão dos professores: titulares; conteúdo funcional distinto; salários diferentes; etc. Isso era um objectivo instrumental pois permitia o economicismo mas tem também um fim em si, fazer dos professores individuos isolados, hierarquizados, fáceis de manipular. O economicismo sendo um objectivo em si, comporta também elementos instrumentais: pagando pouco a muitos e muito a poucos divide os profissionais de uma profissão que ao contrário de outras tem uma essência eminentemente horizontal nos níveis de ensino em que estamos a tratar.
A questão da "nova" gestão está evidentemente ligada a tudo o referido anteriormente: um chefe todo poderoso na escola, apenas só "fragilizado" por uma dependência de poderes e caciques locais. Uma hierarquia rígida de cima para baixo.
Nos últimos dias depois de semanas e semanas de trapalhadas o governo acena aos professores com flexibilizações, autonomias à força, chantagens, bombons de créditos horários e de remunerações acrescidas para alguns.
Na minha escola há indícios, eu direi há sintomas claros que a democracia que existia e que nem sempre era aproveitada está a morrer.
Estes socialistas no governo são uma fraude. E proliferam pela babugem do que há de pior nos seres humanos e nos professores, como não podia deixar de ser: sede de pequenos poderes e de pequenas vinganças sem limitação; incapacidade de construir colectivamente as acções educativas; incompetências que não querem ser questionadas.
Actualmente penso já não se tratar de problemas políticos mas já de um defeito grave de carácter o que está a acontecer. Estes socialistas estão a levar a Educação para um esgoto moral.

domingo, março 16, 2008

Entrevista do Mário Nogueira

Mário Nogueira deu uma excelente entrevista onde demonstrou ser conhecedor da realidade das escolas e da situação dos professores. Pareceu deixar o jornalista que o entrevistou (e que tem sido célebre na forma como tem recentemente insultado os professores) sem argumentos e algo convencido da justeza da maioria das posições expressas pelo Mário.
A ler por todos os professores e não só.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=281805&idselect=229&idCanal=229&p=200

terça-feira, março 11, 2008

Se o ridículo matasse...

Ouvi hoje o secretário de estado Jorge Pedreira dizer, a propósito da proposta do seu camarada António Vitorino de haver um período de experimentação para o processo de avaliação de professores, que "não se deveriam mudar as regras a meio do jogo". Ora todos os professores sabem que essa foi uma das trapalhadas, e não das menores, em que incorreu todo este processo. Pedreira só pode querer enganar quem não conheça as coisas.
Se o ridículo matasse Pedreira tinha sido fulminado.

domingo, março 09, 2008

100 000

A maior manifestação de sempre. Foi óptimo.
Espero que os colegas não esmoreçam. É que contra a arrogância e prepotência deste governo é preciso mais do que uma manifestação destas.
Está traçado um plano de luta que me parece bem delineado.
Aos colegas que acordaram agora para a luta espero que tenham gostado e que continuem. É da união continuada que obtemos a força para conseguirmos objectivos justos.
Nós merecemos. As escolas merecem. Os alunos merecem ter escolas e professores respeitados.

quarta-feira, março 05, 2008

Trapalhadas e Central de Comunicação

O governo de Pedro Santana Lopes ficou conhecido pelas trapalhadas que fez e pela tentativa de criar uma chamada Central de Comunicação.
Este governo, em especial na área da Educação tem feito imensas trapalhadas e tem montada - não tentou - uma verdadeira Central de Propaganda (é só ver a vergonha do ME instalado nos órgãos de comunicação social esta semana).
Poucos o referem. O estado de graça ou mesmo a macieza dos Media para com este governo ainda continua. Nuns casos por acordo de fundo noutros porque parece que a chamada "televisão digital" obriga, noutros ainda por reconhecimento familiar. Isto dizem outros mais informados. Eu só reproduzo. E concordo.

terça-feira, março 04, 2008

Solidariedade

O Paulo Guinote, do excelente blog de Educação e intervenção cívica foi alvo de uma ameaça de acção em tribunal por parte do inefável senhor Albino Almeida. Digo inefável pois não consigo encontrar outro termo para definir o comportamento bajulador e servil para com a actual ministra da educação e todas as suas políticas incluindo o inenarrável estatuto do aluno. Pelos vistos não gostou de ver escarrapachado publicamente o montante que vai directamente do gabinete da ministra para a instituição a que temporariamente preside. Daqui um abraço de solidariedade para o Paulo.
Para o senhor Albino que recentemente afirmou perante as câmaras que os professores deviam parar a contestação para não prejudicarem os alunos eu respondo: os professores protestam também exactamente para não prejudicarem os alunos no terceiro período.
Quanto ao ódio aos professores que o senhor Albino já há anos demonstra na suas palavras públicas (imagino as privadas), eu declaro-me "não culpado". Se este senhor tivesse sido meu aluno não teria com certeza tais recalcamentos. Digo eu que sou optimista por natureza.