segunda-feira, outubro 16, 2006

Fazer ou não fazer Greve? Eis a questão.

Nos dois próximos dias a atitude dos professores terá, neste momento, um significado fundamental para estes e para o ministério da Educação:
-não fazer greve é afirmar que a proposta de estatuto vinda do ministério da Educação é aceitável;
-fazer greve é afirmar que esta proposta não serve, que é preciso um verdadeiro processo de negociação que chegue a um entendimento aceitável.
Não fazer greve faz terminar aqui o processo. Fazê-la, não significando o fim da linha ou a obtenção de nenhuma garantia por parte dos professores ou do ministério, mostra uma vontade de não ficar por aqui, impossível de ignorar.
Tu, professor que passas por aqui, que decisão vais tomar nestes dois dias que se seguem?

16 Comentários:

Blogger zoltrix disse...

a de Greve, meu amigo! A de Greve!
E a "perder" muito dinheiro ,ainda por cima a dobrar, pois cá em casa somos dois!
O meu filhote vai à escolinha pois a professora dele não faz greve! O puto não percebe e eu, nós, também não! É que a professorinha dele, está no 10º escalão, pensando que já nada perde! Mas a filha dessa colega começou agora a sua carreira profisional...
Poderia , ao menos, fazer greve pelo futuro da filha, não é?
Pois! Afinal nada de mais ou de menos! Será apenas mais uma das colegas que NUNCA fizeram greve, vivendo à custa dos que lutaram e fizeram muitas...
Isto é o mundo! Isto é a vida!
Eu cá, gosto de estar frontalmente do lado certo!
Não é por nada,mas gosto de olhar de frente e de sorrir...

11:49 da tarde  
Blogger zoltrix disse...

que ninguém me leve a mal, mas dou a conhecer uma brincadeira, parafraseando Bertolt Brecht:

INDIFERENÇA

Primeiro lixaram os estagiários, mas eu não me importei porque não era nada comigo.

Em seguida tramaram as educadoras, mas a mim não me afectou porque não sou educadora.

Depois denegriram os sindicalistas, mas eu não me incomodei
porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
dos de escalões baixos, mas como não sou desses, também não liguei.

Agora atacaram-me a mim
e quando percebi,
já era tarde.

11:55 da tarde  
Blogger Pedro disse...

Não vou fazer greve e discordo da tua ideia radical de que quem não fizer greve é porque considera aceitável a proposta do Governo...
Com muito ou pouca adesão, esta é uma greve que morreu à nascença. Tudo porque, tal como sem ovos não se fazem omoletes, sem credibilidade também não se vai longe em matéria de sindicalismo e reivindicação de direitos!
Ah, e estou bem longe do 10º escalão...

12:05 da manhã  
Blogger zoltrix disse...

Mas Miguel, com essa atitude, por mais nefasta que a ache para ti e para nós, o que importa é que sorrias, tal como eu, convicto.Certo?
Esta coisa de estarmos todos no mesmo barco, mas uns a remarem para um lado e outro para outro só é aborrecido pois o barco corre o risco de se afundar. Mas se for ao fundo, vão todos! Se não se afundar sobrevivem todos!
Depois, que venham os "analistas políticos", tecer comentários sobre os porquês e os Ses...

12:22 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Eu faço. Já estou no 10º e a 1 ano da aposentação, mas acho que isto é demais.
De qualquer forma há um mérito que não pode ser negado: o de ter unido na mesma luta 14 organizações sindicais que deveriam estar sempre unidas na defesa dos interesses dos professores e educadores.

12:33 da manhã  
Blogger IC disse...

Não posso fazer greve pois não tenho trabalho a que faltar, aposentei-me há pouco. Mas o futuro da educação-ensino continua a preocupar-me como dantes e o projecto de ECD do ME, a ser aprovado tal com está, vai reflectir-se negativamente quer na motivação dos actuais professores quer na motivação para a escolha de uma profissão que requer muita dedicação e deveria se estimulada e dignificada, além de outros reflexos negativos que terá e que têm sido sobejamente apontados.
Estes dois dias de greve são uma oportunidade única para uma resposta em peso que, a acontecer, não deixará indiferente o ME (mesmo que o negue).
Confesso que me sinto com uma sensação estranha e triste por já não poder participar.

12:55 da manhã  
Blogger armanda disse...

Eu faço greve. E acho que não o fazer, sendo esta a alternativa que temos no momento, é concordar com o que nos estão a dar. Funciona, neste momento, como: "Quem cala, consente"

12:55 da manhã  
Blogger henrique santos disse...

Miguel
lembro-me, salvo erro, que na última greve que houve, não a fizeste por a achares extemporânea. Agora que o ministério mantém as suas propostas apesar da passagem do tempo, que urge pois pretendem encerrar as negociações em final deste mês, que a greve não é só de um dia nem "encostada" a feriados ou a fim de semana, que todos os sindicatos estão nela, que se faz depois da maior manifestação de sempre dos professores, o que falta Miguel? Quer queiras quer não não fazer greve neste momento é, objectivamente, concordar com a proposta da ministra. Se é esse o teu caso tudo bem. Do que conheço de ti, penso que tens uma posição contrária às greves e aos sindicatos ou a qualquer reivindicação manifesta de modo mais aberto. És livre disso. O teu posicionamento político é esse e deve ser respeitado, mas temos de assumir as consequências.
E esta greve só não valerá se não tiver adesão significativa. Há algo que está a mudar. Os nossos governantes estão nervosos. Os órgãos de comunicação social não têm conseguido sufocar a expressão do descontentamento dos professores. Professores avessos a greves estão a fazê-la. Isto é incontornável. Não sendo dirigida a ti vou repetir de cabeça uma citação que acho muito significativa: "Quem luta pode perder. Quem desiste já perdeu"

11:19 da manhã  
Blogger Nan disse...

Eu estou a fazer greve, presente no local de trabalho. Aliás, acabei de gastar mais 3 euros em fotocópias em acetato e coloridas, para dar, na próxima semana, duas aulas sobre a linguagem específica da banda desenhada.
«Quem luta pode perder. Quem desiste já perdeu.» Isso era dantes, Henrique. O raciocínio do Miguel é outro, muito mais de acordo com a simpática geração a que pertence, a do «primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto eu...». O Miguel nunca fará greve: encontrará sempre uma desculpa. E os benefícios, muitos ou poucos, que se forem obtendo com as greves, virão também para o Miguel. E ele sabe disso, portanto, não lhe vale a pena perder dinheiro - ele sabe que haverá sempre alguém disposto a fazer isso por ele!

11:45 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Eu estou em greve.

12:58 da tarde  
Blogger «« disse...

eu faço

4:39 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

EU FAÇO GREVE, QUEM NÃO O FAZ NÃO TEM COLUNA VERTEBRAL MAS SIM ESPINHA, QUE CASO O M.E. NÃO MUDE SE ATRAVESSARÁ NAS GARGANTAS DE MUI PROF.
É INADMISSIVEL DEPOIS DE TUDO O K FOI DITO POR ESTE MINISTÉRIO HAJA ALGUEM QUE NÃO SINTA QUE A GREVE DEVE SER FEITA

5:19 da tarde  
Blogger A Professorinha disse...

Aqui também se faz greve!

5:30 da tarde  
Blogger Rui Diniz Monteiro disse...

Para já sejamos claros: nunca na minha vida passei pela vergonha de ser um fura-greves.
Para quem ganha pouco, uma greve é sempre algo que custa e a que se recorre quando não há outra forma de fazer chegar a um poder autista, mentiroso e DESTRUIDOR a informação de que se está revoltado com a injustiça que ele promove.
Uma greve é tão poderosa, ou mais, que uma manifestação.
Estive nas manifestações e nas greves.
Estou em greve.
Os dois dias.

6:58 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Eu, professor passei por aqui ...estou no 10º escalão ... fiz, faço e sempre farei greve contra esta ministra prepotente.

7:37 da tarde  
Blogger Pedro disse...

Caro Henrique, espero enganar-me, mas tenho a impressão que esta greve de dois dias terá como única consequência factual a poupança pelo Estado de alguns milhões de euros em ordenados...
Quanto ao resto e depois de ouvir alguns (repito alguns) sindicalistas sem ideias na comunicação social, parece-me que a greve não fará com que o ME volte atrás naquilo que mais intressa. A ver vamos...
Abraço

11:54 da tarde  

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