Os excluídos no jardim.
Há dias passei pelo jardim onde brinquei na minha infância. Além de, mais uma vez o ter achado mais pequeno em relação à memória do passado, uma coisa me chocou pelo contraste. Em vez de ver crianças ou jovens a jogar à bola como no meu tempo de criança, vi grupos numerosos de arrumadores. Uns descansavam nos bancos de jardim. Outros jogavam à bola nos pedaços de relva do jardim.
No meu tempo de escola, esta era sem dúvida mais excluente. Preocupava-se muito menos com os alunos, com o seu acesso à escola e com o seu sucesso escolar. Agora estas preocupações são muito maiores. No entanto os excluídos proliferam. Proliferam também alguns discursos responsabilizando a escola pela produção de excluídos.
Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas dos responsáveis políticos maiores pela exclusão que grassa no mundo.
1 Comentários:
mas nesse tempo a mão de obra era tão barata que havia menos desemprego, começando-se a trabalhar legalmente aos 14!
Os excluídos de hoje não têm essa hipótese. Não são excluídos pela escola, mas a montante, pela Sociedade Capitalista neo~liberal.
Os professores,durante anos sucessivos procuraram incluir esses proto-excluidos mas foram sempre torpedeados pelos Mistérios da Educação, que sempre rasgaram as intenções e Despacharem segundo conveniências de momento.
Agora há uma política mais consetânea ( adivinha-se!).
Trata-se de incluir à força, sem criar os instrumentos necessários, como os curriculos próprios, de maneira a que os alunos filhos-família se afastem para um sistema paralelo, mais caro mas propiciador de sucesso efectivo e não meramente estatístico! Tenho a impressão que dentro de três anos já não haverá "arrumadores" com idades entre os 16 e os 20! Ainda "estão" na escola.....connosco!
Por falar disto: quando é que há um estudo comparativo entre as empresas de segurança deste país, relativo aos aumentos de "seguras" nos centros comerciais por altura das férias lectivas? Gostava de perceber esse "momento" social. Acho que seria interessante...!
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