Sem amos
Um ministério suportado por um governo por sua vez suportado por maioria absoluta, apoiado pela maioria dos donos (e das vozes do dono) da comunicação social, apoiado pela direita de facto - a económica sobretudo - pode fazer o que está a fazer aos professores: um assassinato orquestrado duma classe com requintes de malvadez e persistente no tempo.
Só que, na verdade, não o conseguirá.
Maria de Lurdes, os seus dois ajudantes e o seu primeiro vestido de Armani, mais cedo ou mais tarde, cairão do poleiro e voarão para outro, dourado provavelmente pelo dinheiro. É a vidinha. Mas não tenhamos contemplações: passados alguns anos ninguém se lembrará destas tristes figuras. O poderzinho que elas têm pode de facto atazanar muita gente mas é efémero e não passa dum poder de turno. O que deixarão eles, realmente, para o futuro?
Os professores, essa classe tão importante em qualquer sociedade que, como disse salvo erro Bourdieu exercem o "primeiro de todos os ofícios", ficarão por muitos e bons anos e serão um dia tratados e respeitados como merecem. Sobreviverão a bons e maus governos. Sem eles nenhuma geração chegará longe no domínio dos saberes.
De hoje em diante, embora divulgue a luta necessária, não mais proferirei neste blog o nome dum certo engenheiro avaliado por fax ou duma socióloga de olhar infeliz, sabe-se lá porquê?
E hoje, "há que dizê-lo com frontalidade", como sempre, saí feliz do meu posto de trabalho: não servi outro amo senão a Educação dos meus alunos.
1 Comentários:
Henrique, soube-me bem ler o que escreveste.
Um abraço
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