sábado, abril 29, 2006

O Ministério e os professores.

O Ministério da Educação (ME) tinha prometido entregar em Março as suas propostas de revisão do Estatuto da Carreira Docente do ensino não superior. Estamos em fim de Abril e... nada. As propostas com certeza trarão muitas novidades que não serão do agrado dos professores nem dos seus sindicatos. Poderão provocar conflitos, graves mesmo, caso o ME, decida impor essas propostas sem obter acordos significativos.
Algumas hipóteses se colocam:
1.ª-o ME espera pelo fim do ano, deixa realizarem-se os exames e, quando os professores estiverem em férias avança;
2.ª-o ME avança já agora ou um pouco mais à frente, negoceia com manobras dilatórias e toma decisões na mesma altura referida na primeira hipótese;
3.ª-igual à 2.ª, mas as decisões são tomadas antes do fim do ano.
Os atrasos na entrega das propostas fazem pensar que o ME enverede pela 1.ª ou 2.ª hipótese, mas a prática deste ME já demostrou, por várias vezes, como gosta de se mostrar "musculado".
Por mim, se tivesse que apostar, apostava na 3.ª. É cá um palpite.

3 Comentários:

Blogger Miguel Pinto disse...

"As propostas com certeza trarão muitas novidades que não serão do agrado dos professores nem dos seus sindicatos. Poderão provocar conflitos, graves mesmo, caso o ME, decida impor essas propostas sem obter acordos significativos."

Já que entramos no domínio do palpite, prevejo alguma contestação quando as medidas forem anunciadas [que não agradarão aos professores, é uma certeza] mas não existirão conflitos graves. Seria para mim surpreendente que o colectivo de professores reagisse em conformidade… Basta verificar a forma como os professores reagiram ao aumento do tempo lectivo…

11:27 da tarde  
Blogger henrique santos disse...

De facto, penso que isso pode muito bem acontecer. Mas também é verdade, que a "aceitação" e a "paciência" professores tenham os seus limites...

4:04 da tarde  
Blogger Amélia disse...

Não sei, não,Henrique.Dos sindicatos e algumas associações de professores, nada tem ajudado a dar voz aos professores.
O povo português é de brandos costumes -não é como o francês.por exemplo.Confiamos em que entre mortos e feridos alguém há-de escapar e no nosso proverbial chico-espertismo.
Aguentámos mais ou menos passivamente 48 de ditadura fascista- e, que me lembre, mudanças de regime só por golpes de estado e não revoluções populares, nem mesmo a que levou ao trono o Mestre de Avis e que foi conduzida e habilmente manipulada por Álvaro Pais, João das Regras e outros ligados à burguesia - hoje equivalente à chamada classe média alta.Só a da Maria da Fonte foi, de facto uma verdadeira revolução - e o PREC que se seguiu ao golpe de estado dos militares que o fizeram(na sua maioria)por razões corporativas- e mesmo o PREC conduzido habilmente a gente sabe por quem...Por isso prevejo que nada de substantivo resultará da revolta dos professores...mais ou menos incapazes de se unir - é o salve-se quem puder - e creio que a Ministra sabe disso.Esta gente do poder continua a confundir maioria absoluta com poder absoluto...
Não me peçam soluções, que as não tenho. E. no entanto, como diz Pessoa em Nevoeiro, poema final de Mensagem, há muito que
«É A HORA«

1:10 da tarde  

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