Até para o ano... companheiros.
O esquema, na sua forma global, está todo montado e até já mostrou os seus resultados com o sucesso estatístico dos últimos exames.
Temos uma carreira partida, com titulares ao mesmo preço que dantes mas com poderes sobre os seus subalternos e com o grosso dos outros a baixo preço, subordinados e enquadrados...
Temos uma gestão hierárquica a cujas vozes do dono, em compensação pela assumpção de caninas posições terão poderes internos nunca vistos...
Temos instrumentos variados de fragilização da condição docente que vão até à precarização absoluta no caso de muitos milhares de professores.
Temos um aumento brutal do controlo sobre os actos e as determinações dos professores e das escolas encoberta sob a retórica da autonomia.
Temos mais algumas coisas que quadraram o círculo... mas o círculo não é quadrado e por isso é um sofisma.
A tudo isto só uma resposta resistente e forte dos de "baixo" mostrando aos de "cima" que estamos cá para as curvas pode ser uma "solução".
Contem comigo companheiros.
5 Comentários:
Viva! Já... de partida?
De acordo quanto à necessidade de uma resposta, mas, há que ter bem claro o tipo de resitência que queremos para a acção: individual e colectiva; individual ou colectiva? Esta minha dúvida remete para o tipo de associativismo de classe que estamos dispostos a alimentar...
Abraço.
Qualquer resposta, para ter oportunidade de êxito tem de ser colectiva. Só que os colectivos são também, mas não só, fruto dos indivíduos que os compõem.
Se é claro que a estratégia que o Ministério tentou instilar em nós professores, foi a da divisão, deveríamos, de forma inteligente, tudo fazer para conseguir manter a unidade na acção em torno de ideias chave que nos consigam federar e mobilizar. Tudo o que não aponte para esse caminho está condenado ao insucesso.
Henrique, boas férias!
Já agora... comento:
É verdade que uma resposta resistente teria que ser colectiva. No entanto, se ela não acontece, não quer dizer que não valham a pena as atitudes/respostas individuais. Os que verdadeiramente se empenham pela escola pública e pelos alunos não têm que temer por falarem e tomarem posições individuais, o seu profissionalismo confere-lhes autoridade, conhecem bem a legislação para agir sem que os possam acusar e, ao mesmo tempo, contornando muita coisa, não se deixando pressionar por pressões veladas e mantendo-se firmes e autónomos. Numa escola, mesmo vozes isoladas mas autorizadas vão conseguindo minar o que está mal - nem sempre estão condenadas ao insucesso, como dizes, Henrique.
Em suma, acho que o professor verdadeiramente autónomo (infelizmente a autonomia não é coisa muito generalizada, e também não é fácil) onsegue não abrir mão da sua autonomia, e isso vale a pena nem que seja só para o próprio.
Desculpem, Henrique e Miguel, mas ao ler o vosso diálogo quis dizer isto. E não é preciso lembrar Brecht sobre os que lutam.
Tens toda a razão, Isabel. Descreveste na perfeição a acção individual de um professor resistente. Pela minha parte tento cumprir essa missão. No ano que passou, em reuniões gerais fui o único que falou contra a corrente. E felizmente sei que não estive desacompanhado.
Um abraço para ti.
Miguel, esqueci-me de mandar-te um abraço.
Passem os próximos tempos muito Bem.
Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.
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