quinta-feira, julho 17, 2008

Até para o ano... companheiros.

O esquema, na sua forma global, está todo montado e até já mostrou os seus resultados com o sucesso estatístico dos últimos exames.
Temos uma carreira partida, com titulares ao mesmo preço que dantes mas com poderes sobre os seus subalternos e com o grosso dos outros a baixo preço, subordinados e enquadrados...
Temos uma gestão hierárquica a cujas vozes do dono, em compensação pela assumpção de caninas posições terão poderes internos nunca vistos...
Temos instrumentos variados de fragilização da condição docente que vão até à precarização absoluta no caso de muitos milhares de professores.
Temos um aumento brutal do controlo sobre os actos e as determinações dos professores e das escolas encoberta sob a retórica da autonomia.
Temos mais algumas coisas que quadraram o círculo... mas o círculo não é quadrado e por isso é um sofisma.
A tudo isto só uma resposta resistente e forte dos de "baixo" mostrando aos de "cima" que estamos cá para as curvas pode ser uma "solução".
Contem comigo companheiros.

5 Comentários:

Blogger Miguel Pinto disse...

Viva! Já... de partida?
De acordo quanto à necessidade de uma resposta, mas, há que ter bem claro o tipo de resitência que queremos para a acção: individual e colectiva; individual ou colectiva? Esta minha dúvida remete para o tipo de associativismo de classe que estamos dispostos a alimentar...
Abraço.

9:20 da manhã  
Blogger henrique santos disse...

Qualquer resposta, para ter oportunidade de êxito tem de ser colectiva. Só que os colectivos são também, mas não só, fruto dos indivíduos que os compõem.
Se é claro que a estratégia que o Ministério tentou instilar em nós professores, foi a da divisão, deveríamos, de forma inteligente, tudo fazer para conseguir manter a unidade na acção em torno de ideias chave que nos consigam federar e mobilizar. Tudo o que não aponte para esse caminho está condenado ao insucesso.

10:11 da tarde  
Blogger IC disse...

Henrique, boas férias!

Já agora... comento:
É verdade que uma resposta resistente teria que ser colectiva. No entanto, se ela não acontece, não quer dizer que não valham a pena as atitudes/respostas individuais. Os que verdadeiramente se empenham pela escola pública e pelos alunos não têm que temer por falarem e tomarem posições individuais, o seu profissionalismo confere-lhes autoridade, conhecem bem a legislação para agir sem que os possam acusar e, ao mesmo tempo, contornando muita coisa, não se deixando pressionar por pressões veladas e mantendo-se firmes e autónomos. Numa escola, mesmo vozes isoladas mas autorizadas vão conseguindo minar o que está mal - nem sempre estão condenadas ao insucesso, como dizes, Henrique.
Em suma, acho que o professor verdadeiramente autónomo (infelizmente a autonomia não é coisa muito generalizada, e também não é fácil) onsegue não abrir mão da sua autonomia, e isso vale a pena nem que seja só para o próprio.

Desculpem, Henrique e Miguel, mas ao ler o vosso diálogo quis dizer isto. E não é preciso lembrar Brecht sobre os que lutam.

12:48 da manhã  
Blogger henrique santos disse...

Tens toda a razão, Isabel. Descreveste na perfeição a acção individual de um professor resistente. Pela minha parte tento cumprir essa missão. No ano que passou, em reuniões gerais fui o único que falou contra a corrente. E felizmente sei que não estive desacompanhado.
Um abraço para ti.
Miguel, esqueci-me de mandar-te um abraço.
Passem os próximos tempos muito Bem.

5:30 da tarde  
Blogger Teste Sniqper disse...

Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.

10:42 da tarde  

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