Árvores e Florestas
Não é possivel analisar a situação da Educação sem a contextualizar na sociedade em que ela se integra. Esta é uma afirmação que penso ninguém negará nos tempos que correm. No entanto quantas vezes se fazem análises essencialistas em que se critica a Educação sem se fazer essa contextualização necessária?
Critica-se actualmente a Educação em Portugal pelas suas deficiências em conseguir qualificar os recursos humanos. Embora este tipo de crítica seja em si mesma discutível em certos aspectos, não sou eu que vou negar que a nossa Educação e o sistema Educativo que temos padece de problemas de qualidade e de eficácia. (Não podemos esquecer a necessidade de definir a eficácia e a qualidade).
Mas peço-vos para que me acompanhem num raciocínio relacional (da Educação com a Sociedade) colocando a seguinte questão: o que aconteceria socialmente se, no actual modelo social que temos, a nossa Educação fosse de óptima qualidade e produzisse uma qualificação de recursos humanos abundante e de excelente formação?
Etiquetas: Reflexões
6 Comentários:
Caro Henrique,
Pode sustentar as suas afirmaçoes num dado estatístico dramático: é vulgar encontrarem-se famílias com avós analfabetos, pais com a 4ªa classe e filhos doutores. Em duas gerações o país deu um salto enorme. Claro que isso tem custos: e os custos reflectem-se nos números da OCDE que nos são tão desfavoráveis. Mas só podiam, não é? É que a nossa progressão foi imensa, pelo que é natural que muitas índices sejam de má qualidade. Mas não esperemos pelo reconhecimento destes factos por parte dos nossos políticos: com tantos professores formados e desempregados, a classe é um alvo fácil de abater. "Quem estiver mal que s emude", pensarão eles...
Uma das consequências imediatas seria a possibilidade de se verificar como o desemprego de gente qualificada continuaria enorme e que o problema está no sistema político e económico que temos: feito à medida dos lucros e não à medida das necessidades das pessoas. Digo possibilidade pois haveria artistas capazes de arranjar argumentos falaciosos para "explicar" a situação e mandar para cima dos próprios ou do sistema educativo as responsabilidades do desemprego.
"Apanhando" o último parágrafo:
- é impossível, no contexto actual, produzir-se (termo desagradável para mim) "educação de qualidade", pelo menos no meu conceito de "educação de qualidade";
- caso acontecesse, significaria que PS e PSD não teriam futuro, pelo menos na linha dos actuais representantes que julgo ser igual na essência. O PC e o BE tb não e os restantes tb não;
- seria reformulado o estado da nação. A perspectiva seria boa.
concordo com o nick "abaixoasinistra" k é giro e tal.....mas karamba, a inteligência iria dar ao fim de um sistema multipartidário? Um outro estado da nação?
Até estremeço! É que já houve outro estado e até lhe chamaram de Novo!!!!
Mas teríamos o fim, em vista, deste oportunismo rasca de chancela democrática, mas fascistóide, sim...!
Não me referia à ideia de um sistema multi-partidário, democrático, em causa ... Referia-me a esta farsa democrática multipartidária.
Por falar "nisso", ouvi na rádio (enquanto percorria os 80 km do costume) que agora há uma linha telefónica do cidadão para que tire dúvidas sobre internet e reporte situações. Acho que não consegui transmitir a forma como "li" o que ouvi. Seja como for, com ou sem formação académica, haja bom-senso para que não se retorne a épocas ainda mais sinistras ... (desculpem o pt mas ... estou cansadita ...)
Eu acho que mesmo dentro do nosso sistema partidário há diferenças. Os partidos e as suas políticas não são todas iguais e é importante que não se faça um ataque global aos políticos e à política. Tal, afinal de conta, só faz o jogo dos politicos que estão actualmente instalados no poder.
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