Correlação de forças
Na política como na Física as forças exercem entre si efeitos mutuamente interactivos. Vejamos como está a correlação de forças na Educação, especialmente entre a condição profissional dos professores e a política do ministério da Educação relativamente a eles.
A situação profissional, designadamente a do estatuto dos professores e da forma como estão a ser tratados neste momento depende de factores politicos conjunturais que pesam muito. Vejamos:
-há uma tendência geral das políticas europeias e mundiais, - com indicações da UE e da OCDE, designadamente- no sentido neoliberal, com a exigência de redução das despesas públicas, do número de funcionários públicos e privatização;
-o partido da maioria no poder aprovar essas políticas assim como toda a sua oposição mais à direita;
-o discurso da crise em torno da obsessão com o défice, estar a ser usado como argumento principal para poder alavancar um conjunto de reformas no sentido neoliberal;
-toda a comunicação social privada (dominada pelo capital que apoia a três mãos as “reformas” do governo) e a pública (dominada pelo poder) apoiarem o governo; esta comunicação social na esteira do ministério conseguiu influenciar muito negativamente a imagem que a população tem relação aos professores portugueses;
-o peso dos vencimentos e direitos dos professores no orçamento de estado ser substancial e a sua redução muito aliciante;
-haver um grande número de professores desempregados que constitui pressão negativa sobre os que estão no sistema (um verdadeiro exército de reserva disposto, naturalmente pela sua situação, a trabalhar a baixo preço e com poucos direitos).
-haver interesse da parte dos municipios em meter a mão no bolo da educação.
Contra isto os professores só podem contar consigo próprios e com os seus sindicatos (que conseguiram até agora estar unidos). E quanto a sindicatos existe a Fenprof. A FNE é uma coisa que volta e meia faz fretes aos governos e o resto nem paisagem é. O movimento sindical geral está enfraquecido, por razões objectivas, e em Portugal não consegue apoiar os professores na ofensiva do governo;
Ora os professores também não constituem uma massa unida nem politica nem socialmente. Às manobras divisionistas do governo deram respostas interessantes mas insuficientes, que como sabe, até agora não foram capazes de parar o ME. As greves tiveram adesões não massivas o que deu ao ME a oportunidade para avançar mais.
(Compare-se por exemplo com o que se passa agora com as urgências: o que obrigou o governo a parar? Compare-se a conjuntura, os factores, os apoios, a correlação de forças.)
A situação profissional, designadamente a do estatuto dos professores e da forma como estão a ser tratados neste momento depende de factores politicos conjunturais que pesam muito. Vejamos:
-há uma tendência geral das políticas europeias e mundiais, - com indicações da UE e da OCDE, designadamente- no sentido neoliberal, com a exigência de redução das despesas públicas, do número de funcionários públicos e privatização;
-o partido da maioria no poder aprovar essas políticas assim como toda a sua oposição mais à direita;
-o discurso da crise em torno da obsessão com o défice, estar a ser usado como argumento principal para poder alavancar um conjunto de reformas no sentido neoliberal;
-toda a comunicação social privada (dominada pelo capital que apoia a três mãos as “reformas” do governo) e a pública (dominada pelo poder) apoiarem o governo; esta comunicação social na esteira do ministério conseguiu influenciar muito negativamente a imagem que a população tem relação aos professores portugueses;
-o peso dos vencimentos e direitos dos professores no orçamento de estado ser substancial e a sua redução muito aliciante;
-haver um grande número de professores desempregados que constitui pressão negativa sobre os que estão no sistema (um verdadeiro exército de reserva disposto, naturalmente pela sua situação, a trabalhar a baixo preço e com poucos direitos).
-haver interesse da parte dos municipios em meter a mão no bolo da educação.
Contra isto os professores só podem contar consigo próprios e com os seus sindicatos (que conseguiram até agora estar unidos). E quanto a sindicatos existe a Fenprof. A FNE é uma coisa que volta e meia faz fretes aos governos e o resto nem paisagem é. O movimento sindical geral está enfraquecido, por razões objectivas, e em Portugal não consegue apoiar os professores na ofensiva do governo;
Ora os professores também não constituem uma massa unida nem politica nem socialmente. Às manobras divisionistas do governo deram respostas interessantes mas insuficientes, que como sabe, até agora não foram capazes de parar o ME. As greves tiveram adesões não massivas o que deu ao ME a oportunidade para avançar mais.
(Compare-se por exemplo com o que se passa agora com as urgências: o que obrigou o governo a parar? Compare-se a conjuntura, os factores, os apoios, a correlação de forças.)
Etiquetas: Sindicalismo
2 Comentários:
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