quarta-feira, novembro 22, 2006

Sobre as substituições no Secundário.

Admirou-me bastante que os alunos do ensino secundário não tivessem até há pouco tempo manifestado repúdio pelas "aulas" de substituição. Neste nível de ensino parece-me evidente que as substituições não são viáveis. Agora, os alunos começam a manifestar-se em força e a única coisa que os nossos governantes sabem fazer, mais uma vez, é culpar as escolas e os professores, além de insinuarem manipulações políticas nas iniciativas dos estudantes.
A senhora e os senhores que neste momento estão à frente do ministério da Educação causam-me tal estado de... que confesso grande dificuldade em sequer os ouvir e ver. Quando enxotam responsabilidades mais uma vez para cima das escolas e professores, sabendo eles que, da forma como legislaram estas actividades, elas não devem ser mais do que actividades de substituição, já que aulas devem estar dentro do horário lectivo.
Resta dizer que concordo com aulas ou actividades de substituição no ensino básico. Assim o ministério dê condições legislativas às escolas e professores para que estas sejam úteis.

7 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Não tem directamente a ver com este post, mas Gostaria de recomendar a leitura de um artigo de opinião de Vasco da Graça Moura no DN de hoje. repito com ele:ACUSO!

1:50 da tarde  
Blogger IC disse...

Deixei no Aragem não só o link para o artigo que a Amélia Pais refere, mas também para um abaixo assinado à Ministra para supressão da TLEBS.

Quanto ao post... resta-me confessar que estou tal e qual como tu, Henrique: A senhora e os senhores que neste momento estão à frente do ministério da Educação causam-me tal estado de... que confesso grande dificuldade em sequer os ouvir e ver. [Mesmo assim (ou por isso mesmo), hoje não consegui deixar de gastar um tempinho no meu cantinho com outra questão devida aos mesmos senhores e que anda, parece-me, a passar despercebida - gostava de ouvir opiniões sobre ela, se puderes deixar-me a tua, interessa-me, Henrique]

11:56 da tarde  
Blogger IC disse...

P.S.: Esqueci-me das aspas no que copiei do teu texto

12:00 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Nesta questão das aulas de substituição e na reivindicação da sua supressão há algo que mais me perturba. até pelos reflexos que pode ter juntos dos pais (bastava ter ouvido ontem na Sic Notícias o opinião pública da tarde)- é que acabam por também pôr em causa os professores ai dizerem que eles os mandam jogar às cartas, etc...E depois confundem tudo, com questões distintas -fim de exames nacionais(discordo. deviam era exigir que 12º ano e entrada na universidade fossem processos, a crónica questão da educação sexual - como se eles não soubessem já tudo, por vezes mais que alguns professores ),etc.
Com tudo isto acabam por dar argumentos à Ministra e seus ajudantes (não foi assim que o Presidente Cavaco chamou aos secretários de estado?) para, uma vez mais, «baterem» nos professores - que odeiam, como está visto.
Se os alunos fossem, de facto, manipulados pelos professores, fariam bem melhor do que isto que andam a fazer...Lá porque são alunos, não lhes vou dar toda a razão...-)

1:24 da tarde  
Blogger JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

As aulas de substituição no Secundário têm uma lógica que já vem de longe - «infantilização» do Ensino Básico, «basificação» do Ensino Secundário, «licealização» do Ensino Superior...

12:02 da tarde  
Blogger José Manuel Dias disse...

Meu caro

Sou pai de um aluno do 9º ano e aplaudo a iniciativa das aulas/actividades de substituição. Agora sei que não fica "entregue à sua sorte" quando não tem aulas. O Executivo da escola funciona bem e, quando um professor falta, ou a aula é dada por outro do mesmo grupo ou tem actividades de substituição inseridas no projecto de escola. Mais sossego para os pais, melhor ensino, alunos mais motivados, professores mais responsabilizados.
A cultura de exigência e rigor que importa generalizar passa, também, por todos fazerem o que lhe compete.
Cumprimentos

11:53 da manhã  
Blogger henrique santos disse...

Caro José Manuel Dias
como leu, eu não ponho em questão as substituições no ensino básico. Coloco em causa que os professores trabalhem em "aulas" ou actividades de substituição, que devem preparar devidamente e em que ensinam/orientam alunos que muitas vezes não conhecem (o que torna mais difícil essas aulas/actividades) sem que tal seja reconhecido como trabalho lectivo. Coloco em causa outras coisas a propósito das substituições que não vêem agora para o caso.
No secundário, duvido da utilidade e da justificação destas "aulas", em que, em grande parte não é possível asssegurar um professor da mesma disciplina.
Cumprimentos

4:27 da tarde  

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