segunda-feira, dezembro 31, 2007

"Palavras aos Diletos"

"o tempo não tem sido cordial para os portugueses. E a ausência de verdade ainda força mais as negras cores. Omite-se, mente-se em nome da manutenção de uma casta no poder. Os meios de comunicação não nos informam devidamente. E os compromissos assumidos são sempre pagos. É fácil verificar quem, nos últimos tempos, tem passado dos jornais, das televisões e das rádios para o exercício de funçanatas em poderosas empresas. Em numerosos casos, o jornalismo deixou de ser um acto social para constituir um meio de se defender a vidinha. O salve-se quem poder converteu-se numa divisa de comportamento. Os exemplos vêm de cima.
Dilecto: não tome a mal estes desabafos. Apesar de tudo, está em frente de um homem que não perde a esperança, que nunca perdeu a esperança.
Ergo a minha taça em seu louvor e honra. Bom Natal, Dilecto!"

Baptista Bastos

sábado, dezembro 29, 2007

Outro sintoma claustrofóbico

O anterior patrão da TVI (a dita televisão da igreja antes das sucessivas golpaças comerciais, lembram-se) depois de a vender aos espanhóis, anda agora a engolir editoras. Comprou entre outras a Texto Editora, a Asa, a Caminho e agora a D. Quixote.
Como é possível que uma editora como a Caminho vá parar às mãos dum senhor como este?
Será que esta editora tão prestigiada e que publica tão grandes nomes não conseguia manter-se independente? Quem traiu esta empresa?
A linha editorial desta editora será agora completamente modificada, presumo eu. Não é lógico que este senhor permita a uma editora sua, publicar livros que desmascaram as lógicas que ele utiliza e que passam designadamente por tudo sacrificar ao lucro.
Em Portugal, pela relativa exiguidade do mercado é cada vez mais difícil encontrar livros dissonantes do discurso dominante. A Caminho era das poucas editoras a publicar livros contracorrente. Agora ficamos mais pobres.
Outras formas haverá de tomar o discurso crítico. A internet e a blogosfera são disso exemplo. Por enquanto...

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Cada vez mais verdade

«A forma inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro da opinião aceitável, mas estimular muito intensamente o debate dentro daquele espectro... Isto dá às pessoas a sensação de que o livre pensamento está pujante, e ao mesmo tempo os pressupostos do sistema são reforçados através desses limites impostos à amplitude do debate».
Noam Chomsky
Esta constatação de Chomsky está a ser mais verdade do que nunca em Portugal.
Vejam-se os programas de pseudo-debate das nossas televisões, dos quais o exemplo mor é a aberração do dito "Prós e Contras"

domingo, dezembro 02, 2007

Da escola situada à escola sitiada

"Éste es un libro sencillo en torno a una idea muy simple: los seres humanos aprenden a lo largo de sus vidas una enorme cantidad de cosas necesarias para su supervivencia, que van desde desenvolverse en el mundo, conocer a los otros, o usar el lenguage para comunicarse, hasta cruzar una calle, la letra de una canción o freír un huevo. Aparentemente lo aprenden sin gran esfuerzo. Al mismo tiempo, muchos pasan largos años en instituciones escolares, adonde en principio van para aprender, poniendo notable empeño, pero solo consiguen aprender, y frequentemente mal, una minúscula parte de lo que se les enseña."
... el fenómeno de la educación se intiende mal se nos limitamos al interior de lo que se pasa en las escuelas, y hoy los problemas educativos se tienden a abordar como si fueran puramente técnicos, de tecnologia, en relación con lo que se realiza en el interior de las aulas".

Juan Delval
In "Aprender en la vida y en la escuela"

sábado, dezembro 01, 2007

"Professor que não avança, recua"
Pestalozzi